Esta sofisticada arte de pesca existe há mais de 3000 anos. As primeiras evidências da sua prática associam-se aos Fenícios, apesar de que foram os Romanos a consolidar a sua fama por todo o Mediterrâneo e Algarve. Acredita-se que, durante a ocupação Árabe, este povo terá aperfeiçoado estas armadilhas.
Em 1898 chegaram a existir 18 armações na costa algarvia e, nos primeiros anos do século XX, especialmente com o advento e crescimento da indústria conserveira, a pesca do atum atingiu uma enorme importância. A crise final da pesca do atum no Algarve começa a registar-se a partir da 2ª metade do século.
Nessa altura, apenas existiam 5 armações (Santa Maria, em Faro; Medo das Cascas, Barril, Abóbora e Livramento, em Tavira). 1968 foi o último ano da armação de Santa Maria e, em 1972, a armação Medo das Cascas, a única então existente, terminaria a sua atividade com a captura de apenas 1 atum. O fim das armações no Algarve deveu-se sobretudo à sobrepesca e a um progressivo afastamento do atum em relação à costa, aliado a questões de rentabilidade de uma operação muito onerosa.
Nessa altura, apenas existiam 5 armações (Santa Maria, em Faro; Medo das Cascas, Barril, Abóbora e Livramento, em Tavira). 1968 foi o último ano da armação de Santa Maria e, em 1972, a armação Medo das Cascas, a única então existente, terminaria a sua atividade com a captura de apenas 1 atum. O fim das armações no Algarve deveu-se sobretudo à sobrepesca e a um progressivo afastamento do atum em relação à costa, aliado a questões de rentabilidade de uma operação muito onerosa.
A armação da Real Atunara – a Armação do Barril – dista 1,5 milhas da costa, na direção da povoação de Santa Luzia, no Algarve. A nossa concessão tem cerca de 4 hectares de área e a sua profundidade média é de 25m, podendo em algumas zonas atingir os 50m.
Todos os anos, durante o primeiro trimestre, a nossa equipa prepara todos os materiais e equipamentos: âncoras, cabos, boias, redes, embarcações e instalações em terra põem-se a postos para capturar o atum-rabilho na sua passagem em busca das águas mediterrâneas.
A temporada da almadrava tipicamente decorre entre maio e setembro. Em maio, o atum rabilho migra das águas frias do Atlântico até às águas cálidas do Mediterrâneo para desovar, passando pelo Estreito de Gibraltar. A esse dá-se o nome de ‘atum de direito’. Mais tarde, a partir de julho, o atum rabilho faz o seu percurso de regresso ao Atlântico. É o chamado ‘atum de revés’.
A atividade de aquicultura do atum rabilho assenta fundamentalmente na sua alimentação. Também denominada de farming, é uma atividade chave para garantir que o atum atinge os standards de qualidade que o mercado exige. Os espécimes podem permanecer nas estruturas de engorda por 2 ou mais meses até atingirem os níveis de gordura ótimos, com uma alimentação 100% natural à base de sardinha, cavala e arenque e sem qualquer recurso a ração, suplementos ou fármacos.